José Maurício e Marcos Portugal

uma falsa polarização num contexto com múltiplos protagonistas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2019.14685

Palavras-chave:

José Maurício Nunes Garcia, Marcos Portugal, Souza Queiroz, Fortunato Mazziotti, tarefas e cargos

Resumo

Apesar de se tratar de um “dado adquirido”, a suposta rivalidade entre o Pe. José Maurício Nunes Garcia e Marcos Portugal, da forma como costuma ser retratada, é extremamente reducionista e simplista. Quando a corte portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, em 1808, José Maurício era o único músico em condições de assumir os principais papéis musicais e fornecer o leque de composições que a corte precisava. Contudo, aos poucos, as chegadas sucessivas de músicos de Portugal aliviaram-no de certas tarefas: não só Marcos Portugal, mas, antes deste, Bernardo José de Souza Queiroz e Fortunato Mazziotti. Assim, a questão das relações profissionais entre os vários protagonistas nos primeiros anos da estada da Família Real é bem mais complexa do que a tradicional polarização entre José Maurício (o bom) e Marcos Portugal (o mau). Um entendimento, por um lado, dos cargos e tarefas a cumprir e, por outro, da sua distribuição entre os principais músicos disponíveis, revela uma grande diversidade de atividade musical e múltiplas figuras de destaque.

Biografia do Autor

  • David Cranmer, FCSH-Universidade Nova de Lisboa

    Professor Auxiliar, Dep. Ciências Musicais, FCSH-Universidade Nova de Lisboa. Coordenador do Caravelas-Núcleo de Estudos da História da Música Luso-brasileira.

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Publicado

2019-08-22

Edição

Seção

Articles in Portuguese/Spanish

Como Citar

“José Maurício E Marcos Portugal: Uma Falsa polarização Num Contexto Com Múltiplos Protagonistas”. 2019. Per Musi, nº 39 (agosto): 1-12. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2019.14685.