EDUCAÇÃO REMOTA NO CONTEXTO DA COVID 19 EM MOÇAMBIQUE
UM OLHAR SOBRE AS CONDIÇÕES DE ACESSO
Palavras-chave:
Moçambique, COVID-19, educação básica, educação remota, condições de acessoResumo
O presente artigo aborda o contexto da educação básica de Moçambique e elege como objetivo compreender, a partir das medidas de mitigação da COVID 19 adotadas pelo setor de educação, as diferentes realidades decorrentes para analisar a viabilidade de atividades de ensino, por meio de aulas remotas em Moçambique. Para tanto, valeu-se dos dados do Recenseamento Geral da População e Habitação de Moçambique, a partir dos censos de 2007 e 2017, bem como do estudo realizado pela Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane, junto com o Movimento Educação para Todos (MEPT). Como resultado, dentre outros, a pesquisa expõe a falta de escolarização de grande parte da população moçambicana em idade escolar, cuja realidade se assevera em adultos com idade igual ou superior a 20 anos e, em especial, às mulheres; associa a não escolarização e o abando escolar ao casamento e maternidade prematura; e, indica, nas mulheres que se mantém no processo de escolarização, redução importante do percentual de elevação dos níveis acadêmicos. Quanto ao atendimento às medidas de mitigação da COVID 19, a partir de estratégias didático pedagógicas, no contexto da educação remota emergencial, o estudo revela que as precárias condições de ordem estruturais e infraestruturais disponíveis, seja por parte das escolas, dos professores e das famílias, impactam no acesso e qualidade da aprendizagem dos educandos.
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