DA “PEDAGOGIA DO NÃO” E DO “COGITO” DO SONHADOR, EM GASTON BACHELARD: PENSANDO UMA EDUCAÇÃO PARA A IMAGINAÇÃO

Autores

  • ALBERTO FILIPE ARAÚJO Universidade do Minho
  • JOAQUIM MACHADO DE ARAÚJO Universidade Católica Portuguesa
  • IDUINA MONT’ALVERNE CHAVES Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Pedagogia do Não, Pedagogia do Diálogo, Pedagogia do Eufemismo, Educação para a Imaginação

Resumo

Neste artigo, fundamentamos uma educação para a imaginação a partir da perspectiva de
Gaston Bachelard, desenvolvida em torno da “Pedagogia do Não” e do “cogito” do sonhador, em oposição
ao racionalismo dogmático e ao empirismo ingénuo, integrando a imaginação criadora através da qual o
sujeito se faz imaginativo. Caracterizamos, assim, a “Pedagogia do Não” como uma pedagogia capaz de
conduzir o diálogo e estabelecer equilíbrio entre pensamento e imaginação e atribui-lhe relevante papel
na conjugação da objetividade científica e da imaginação poética, para, por fim, discutir a possibilidade
de pensar uma educação para a imaginação na base do “cogito” do sonhador. Destacando os poderes e as
funções da imaginação, quando recorrem às figuras de retórica, como a antítese, a hipérbole, a antífrase
e o eufemismo, e ao jogo de imagens que esse uso comporta, realçamos a função eufemizante da
imaginação e a sua capacidade de inovação semântica, susceptível de conduzir à “remitologização” do
mundo, cumprindo um “novo espírito pedagógico” que, coerentemente com o “novo espírito científico”,
conjugue a objetividade científica e a imaginação poética.

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Publicado

2020-10-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

DA “PEDAGOGIA DO NÃO” E DO “COGITO” DO SONHADOR, EM GASTON BACHELARD: PENSANDO UMA EDUCAÇÃO PARA A IMAGINAÇÃO. (2020). Educação Em Revista , 36(1). https://periodicos-des.cecom.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/38082

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