Luiz de Miranda
uma lírica de resistência
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2022.35371Palabras clave:
Luiz de Miranda., Solidão Provisória., Derrida., Resistência.Resumen
O artigo tem o objetivo de analisar o livro Solidão provisória, do poeta brasileiro Luiz de Miranda, a partir de sua filiação com o contexto de produção, década de 1970, e também mostrar de que maneira a poética elaborada pelo autor conseguiu construir uma estratégia de resistência que aproximaria o livro, em alguns momentos, ao pensamento do filósofo argelino Jacques Derrida. Tal aproximação se deve principalmente ao acolhimento da realidade dentro do discurso literário, possibilitando uma dinâmica que conecta a produção à noção de “hospitalidade incondicional”, proposta por Derrida. Tudo isso associado ao trabalho com a linguagem, que insere o autor entre a categoria dos poetas mediadores, conciliando o engajamento social com o teor estético.
Referencias
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. São Paulo: Boiempo, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? In: AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009. p. 55-73.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. 3. ed. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 222-232.
BERNARDO, Fernanda. A ética da hospitalidade, segundo J. Derrida, ou o porvir do cosmopolitismo por vir, a propósito das cidades-refúgio, re-inventar a cidadania (II). Revista Filosófica de Coimbra, Coimbra, v. 11, n. 22, p. 421-446, 2002.
BERNARDO, Fernanda. Mal de hospitalidade. In: NASCIMENTO, Evandro. (Org.). Jacques Derrida: pensar a desconstrução. São Paulo: Estação Liberdade, 2005. p. 173-206.
CAILLOIS, Roger. A guerra e o sagrado. In: CALLOIS, Roger. O homem e o sagrado. Lisboa: 70, 1988.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 7. ed. São Paulo: Nacional, 1985.
DERRIDA, Jacques. Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar Da Hospitalidade. Tradução de Antônio Romane. São Paulo: Escuta, 2003.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Tradução de Cláudia de Moraes Rego. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
FELIPE, Francisco Heraldo Bezrra. A poesia na ditadura militar: como escrever quando tudo é proibido? Cadernos do Congresso Nacional de Linguística e Filosofia, Rio de Janeiro, v. 15, n. 5, p. 1379-1387, 2011.
FLUSSER, Vilém. A natureza brasileira. In: FLUSSER, V. Bodenlos: uma autobiografia filosófica. São Paulo: Annablume, 2007. p. 55-65.
GREEN, James. Naylon. Apesar de vocês: a oposição à ditadura brasileira nos Estados Unidos, 1964-1985. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
HAMBURGUER, Käte. O gênero lírico. In: HAMBURGUER, K. A lógica da criação literária. Tradução de Margot P. Malnic. São Paulo: Perspectiva, 1986. p. 167-209.
JABLONSKI, Eduardo. Luiz de Miranda: o senhor da palavra. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.
MIRANDA, Luiz de. Poesia reunida (1967-1992). Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1992. p. 309-370.
SAID. Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. Tradução de Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Marcelo Pereira Machado (Autor)

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).