A dialética técnico-subjetiva de Steven Spielberg
Análise da sequência inicial do filme Os Fabelmans (The Fabelmans, EUA, 2022)
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046.2024.48143Palabras clave:
Steven Spielberg, técnica, subjetividade, hermenêutica, estéticaResumen
O texto possui o objetivo de analisar a dialética técnico-subjetiva do cinema de Steven Spielberg, partindo, para tanto, da sequência inicial de Os Fabelmans. Utilizando método interpretativo hermenêutico, a entrada da obra é, a princípio, comentada; em seguida, ela é inserida em contextos mais amplos – o filme em si e parte expressiva da filmografia do diretor –; por fim, ao retornar para tal sequência, é possível executar uma reinterpretação, mostrando como resultado uma estrutura profunda do cinema spielberguiano. Assim, o artigo conclui que a abertura de Os Fabelmans é um momento privilegiado de autoconsciência do artista, ocasião em que Steven Spielberg revela muito de sua intenção estética.
Referencias
Referências gerais
ANDRADE, Ana Lúcia. O filme dentro do filme: a metalinguagem no cinema. Belo Horizonte: UFMG, 1999 (Coleção Humanitas).
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. 3. Ed. Campinas, SP: Papirus, 1994.
BAKHTIN, Mikhail. In: _____. Questões de Literatura e de Estética: a teoria do romance. Tradução de Aurora Fornoni Bernardini [et all]. 7. ed. São Paulo, SP: Hucitec, 2014.
CANDIDO, Antonio. O estudo analítico do poema. 5. ed. São Paulo, SP: Humanitas, 2012.
_____. “Dialética da malandragem”. In: _____. O discurso e a cidade. São Paulo, SP: Duas Cidades, 1993. p. 19-54.
CÁNEPA, Laura Loguercio. “Expressionismo alemão”. In: MASCARELLO, Fernando. História do cinema mundial. 7. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 55-88.
COSTA, Antonio. Compreender o cinema. Rio de Janeiro, RJ: Globo, 1987.
CURTIUS, Ernest Robert. Literatura europeia e Idade Média latina. Tradução de Teodoro Cabral (com colaboração de Paulo Rónai). São Paulo, SP: EdUSP, 2013 (Coleção Clássicos).
DEZ Mandamentos, Os. Direção: Cecil B. DeMille. EUA, 1956. Título original: The Ten Commandments.
DOMINGUES, Ivan. Biotecnologia e suas regulações: desafios contemporâneos. Belo Horizonte, MG: UFMG, 2018.
DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. Tradução de Gilson César Cardoso de Souza. 2. ed. São Paulo, SP: Editora da Universidade de São Paulo: 2015.
EBERT, Roger. A magia do cinema: os 100 melhores filmes de todos os tempos analisados pelo único crítico ganhador do Prêmio Pulitzer. Tradução de Miguel Cohn. Rio de Janeiro, RJ: Ediouro, 2004.
ELLIOT, T. S. “Tradução e talento individual”. In: _____. Ensaios. Tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira. São Paulo, SP: Art Editorial, 1999. p. 37-48.
EWALD FILHO, Rubens. Dicionário de cineastas. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2002.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 4. Ed. Tradução e notas de Fernando Costa Matos. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora Universitária São Francisco, 2015 (Coleção Pensamento Humano).
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método. Tradução de Flávio Paulo Meurer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
GENETTE, Gérard. Paratextos editoriais. Tradução de Álvaro Faleiros. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2009 (Coleção Artes do livro: 7).
MAIOR Espetáculo da Terra, O. Direção: Cecil B. DeMille. EUA, 1952. Título original: The greatest show on Earth.
MANEVY, Alfredo. “Hollywood: a versatilidade do gênio do sistema”. MASCARELLO, Fernando. Cinema mundial contemporâneo. 2. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 253-268.
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Tradução de Paulo Neves. Revisão técnica de Sheila Schvartzman. São Paulo, SP: Brasiliense, 2013.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 6 volumes. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil, 1994.
MASCARELLO, Fernando. Cinema mundial contemporâneo. 2. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
_____. História do cinema mundial. 7. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
_____. “Film noir”. In: _____. História do cinema mundial. 7. Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 177-188.
PLATÃO. A República. Tradução e notas de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa, Portugal: Fundação CalousteGulbenkian, 2008.
QUINTÃO, Carlos Roberto. Amor sublime amor: cinefilia de Steven Spielberg. Belo Horizonte, MG: Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Belas Artes, 2022 (Tese de doutorado).
SANT’ANNA. Paródia, paráfrase & cia. São Paulo, SP: Ática, 1995 (Coleção Princípios).
SANTOS, Luís Alberto, OLIVEIRA, Silvana. de. Sujeito, tempo e espaço ficcionais: introdução à teoria da literatura. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2001.
SARTRE, Jean-Paul. O que é subjetividade? Prefácio de Michel Kail e Raoul Kirckmayr. Posfácio de FredricJameson. Tradução de Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1987.
SPIELBERG. Direção: Susan Lacy. EUA, 2017. Título original: Spielberg.
SPINA, Segismundo. “Curitus”. In: CURTIUS, Ernest Robert. Literatura europeia e Idade Média latina. Tradução de Teodoro Cabral (com colaboração de Paulo Rónai). São Paulo, SP: EdUSP, 2013. p. 15-23 (Coleção Clássicos).
TRUFFAUT, François. O prazer dos olhos: escritos sobre o cinema. Edição estabelecida sob a direção de Jean Narboni e Serge Toubiana; tradução de André Telles. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 2005.
VEILLON, Oliver-René. O cinema americano dos anos trinta. Tradução de Marina Appenzeller. Revisão da tradução de Luís Eduardo de Lima Brandão. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1992 (Coleção Opus 86).
Filmes mencionados de Steven Spielberg, em ordem cronológica:
ENCURRALADO. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1971. Título original: Duel
LOUCA Escapada. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1974. Título original: The Sugarland Express.
TUBARÃO. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1975. Título original: Jaws.
CONTATOS Imediatos do Terceiro Grau. Direção: Steven Spielberg. EUA/Reino Unido, 1977. Título original: Close Encounters of the Third Kind.
CAÇADORES da Arca Perdida, Os. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1981. Título original: Raiders of the Lost Ark.
E. T.: O Extraterrestre. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1982. Título original: E. T.: The Extraterrestrial.
INDIANA Jones e o Templo da Perdição. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1984. Título original: Indiana Jones and the Temple of Doom.
INDIANA Jones e a Última Cruzada. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1989. Título original: Indiana Jones and the Last Crusade.
JURASSIC Park: Parque dos Dinossauros. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1993. Título original: Jurassic Park.
LISTA de Schindler, A. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1993. Título original: Schindler’s List.
MUNDO Perdido: Jurassic Park, O. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1997. Título original: The Lost World: Jurassic Park.
RESGATE do Soldado Ryan, O. Direção: Steven Spielberg. EUA, 1998. Título original: Saving Private Ryan.
A. I.: Inteligência Artificial. Direção: Steven Spielberg. EUA/Reino Unido, 2001. Título original: A. I.: Artificial Inteligence.
MINORITY Report: A Nova Lei. Direção: Steven Spielberg. EUA, 2002. Título original: Minority Report.
PRENDA-ME se for Capaz. Direção: Steven Spielberg. EUA/Canadá, 2002. Título original: Catch Me If You Can.
TERMINAL, O. Direção: Steven Spielberg. EUA, 2004. Título original: The Terminal.
GUERRA DOS MUNDOS. Direção: Steven Spielberg. EUA, 2005. Título original: War of the Worlds.
MUNIQUE. Direção: Steven Spielberg. EUA/Canadá/França, 2005. Título original: Munich.
INDIANA Jones e o Reino da Caveira de Cristal. Direção: Steven Spielberg. EUA, 2008. Título original: Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull.
CAVALO de Guerra. Direção: Steven Spielberg. EUA/Índia, 2011. Título original: War Horse.
JOGADOR Nº 1. Direção: Steven Spielberg. EUA/Índia, 2018. Título original: Ready Player One.
FABELMANS, Os. Direção: Steven Spielberg. EUA/Índia, 2022. Título original: The Fabelmans.
Descargas
Publicado
Versiones
- 2024-05-13 (2)
- 2024-04-01 (1)
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Rafael Fava Belúzio

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo bajo la Licencia Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License que permite compartir el trabajo con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista;
- Los autores pueden celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado.
- Es responsabilidad de los autores obtener permiso escrito para utilizar en sus artículos materiales protegidos por la ley de derechos de autor. La Revista PÓS no se hace responsable de las violaciones de los derechos de autor de sus colaboradores.