Capacidade de autocuidado de adultos e idosos hospitalizados: implicações para o cuidado de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v17i1.50253Palavras-chave:
Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, AutocuidadoResumo
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório sobre a capacidade de autocuidado de adultos e idosos hospitalizados para tratamento clínico de patologia ou agravo crônico. Objetivou-se classificar e avaliar esse grupo quanto ao grau de dependência em relação ao autocuidado, conforme a concepção teórica de Dorothea Orem, utilizando-se a escala de capacidade de autocuidado adotada por Carpenito-Moyet. Foram pesquisados 193 sujeitos, selecionados nas unidades de internação clínica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora-MG, no primeiro trimestre de 2011. Os dados foram coletados nos prontuários dos pacientes internados e complementados pela visita de enfermagem. Dentre os resultados encontrados, 98 pacientes eram independentes (50,78%); 95 apresentavam algum tipo de dependência para o autocuidado (49,22%), sendo que, desses, 3 foram classificados com grau de dependência "1" (3,16%), necessitando de equipamento auxiliar; 57, com grau de dependência "2" (60%) necessitando do auxílio de pessoas; 19, com grau de dependência "3" (20%), necessitando do auxílio de pessoas e equipamentos; e 16, com grau de dependência "4" (16,84%), totalmente dependentes. Assim, com o aumento do número de pacientes com processos crônicos que envolvem graus de dependência, propõe-se o desenvolvimento de ações sistematizadas de enfermagem com adultos e idosos que evidenciam a síndrome do déficit de autocuidado e a seus familiares, em todos os níveis de atenção à saúde no SUS, visando não somente à reabilitação, mas a ações que favoreçam a promoção e a prevenção de novos agravos.Referências
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