Enfermagem e saúde do trabalhador em instituição psiquiátrica
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v17i4.50201Palavras-chave:
Saúde do Trabalhador, Saúde Mental, EnfermagemResumo
A Enfermagem é a profissão que apresenta o mais alto risco de tensão e adoecimento pelo desgaste e estresse decorrentes do cotidiano, podendo haver sofrimento psicológico no momento em que não se é capaz de adequar o estado psíquico-mental à relação física. Conduziu-se este estudo com o objetivo de identificar o que motivou os profissionais de enfermagem a atuarem em saúde mental e a conhecer os possíveis problemas que essa atividade provoca em sua saúde. Para a realização da pesquisa, foram entrevistados 10 profissionais da equipe de enfermagem que trabalham em saúde mental há mais de um ano em uma instituição psiquiátrica substitutiva do sul de Minas Gerais, mediante entrevista semiestruturada com questões norteadoras sobre a atuação da equipe de enfermagem. Foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin como referencial metodológico e como referencial teórico utilizou-se a teoria de Margareth Newman. Por meio dos resultados obtidos percebeu-se que o ingresso na saúde mental se deu em razão da falta de opção para trabalhar em outras áreas ou pelo desemprego. O trabalho em saúde mental não interfere na saúde física e psíquica do trabalhador, sendo passível de satisfação e mudança de atitude. Concluiu-se que estudos dessa natureza podem contribuir para a reflexão da prática da equipe de enfermagem, com vistas à melhoria da assistência prestada ao indivíduo com transtorno mental, a partir da compreensão de que é necessário repensar os preconceitos que ainda existem em relação à saúde mental.Referências
Magnago TSBS. Condições de trabalho de profissionais da enfermagem: a
avaliação baseada no modelo demanda controle. Acta Paul Enferm. 2010;
:811-7.
Tavares CMM. A educação permanente da equipe de enfermagem para o
cuidado nos serviços de saúde mental. Texto Contexto Enferm. 2006; 15:287-95.
Campos CMS, Barros S. Reflexões sobre o processo de cuidar da Enfermagem
em Saúde Mental. Rev Esc Enferm USP. 2000; 34:271-6.
Barros S.Tentativas inovadoras na prática de ensino e assistência na área de
saúde mental. Rev Esc Enferm USP. 1999; 33(2): 192-9.
Polit DF, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 5ª ed. Porto
Alegre: Artmed; 1995. 487 p.
Triviños SNA. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa
em educação. São Paulo: Atlas, 2008. 175p.
Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977. 229 p.
George JB. Teorias de enfermagem: os fundamentos a pratica profissional.
Porto Alegre: Artmed; 2000. 375 p.
Vianey EL, Brasileiro ME. Saúde do trabalhador: condições de trabalho do
pessoal de enfermagem em hospital psiquiátrico. Rev Bras Enferm. 2003;
:555-7.
Fernandes JD. Ensino da Enfermagem psiquiátrica/saúde mental: sua interface
com a Reforma Psiquiátrica e diretrizes curriculares nacionais. Rev Esc Enferm
USP. 2009; 43: 962-8.
Serrano A. Tipos de unidades da rede de saúde mental aplicáveis ao plano
estadual de saúde mental de Santa Catarina [dissertação]. Florianópolis:
Univali; 2004. 47f.
Silveira MR, Alves MO. Enfermeiro na equipe de saúde mental: o caso dos
CERSAMS de Belo Horizonte. Rev Latinoam Enferm. 2003; 11:645-51.
Cecagno D, Cecagno S, Siqueira HCH. Trabalhador de enfermagem: agente
colaborador no cumprimento da missão institucional. Rev Bras Enferm. 2005;
:22-6.
Mendes TH, Castro RCBR. Conhecimento do Enfermeiro e seu papel em
psiquiatria. Rev Enferm UNISA. 2005; 6:94-8.
Rézio LA, Oliveira AGB. Equipes e condições de trabalho nos centros de
atenção psicossocial em Mato Grosso. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2010;
:346-54.
Girade MG, Cruz EMNT, Stefanelli MC. Educação continuada em
enfermagem psiquiátrica: reflexão sobre conceitos. Rev Esc Enferm USP. 2006;
:105-10.
Guimarães JMX. (In)satisfação com o trabalho em saúde mental: um estudo
em Centros de Atenção Psicossocial. Ciênc Saúde Coletiva. 2011; 16:2145-54.
Souza MCBM, Alencastre MB. A formação do enfermeiro psiquiátrico e a
pesquisa em enfermagem: algumas considerações teóricas. Acta Paul Enferm.
; 16:76-83.
Vasconcelos A, Faria JH. Saúde mental no trabalho: contradições e limites.
Psicol Soc. 2008; 20:453-64.
Batista LSA, Guedes HM. Estresse ocupacional e enfermagem: abordagem em
unidade de atenção a saúde mental. [Citado em 2011 nov. 15]. Disponível em:
http://www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/02/downloads/artigo_17.pdf.
Glanzne CH, Olschowsky A, Kantorski LP. O trabalho como fonte de prazer:
avaliação da equipe de um Centro de Atenção Psicossocial. Rev Esc Enferm
USP. 2011; 45(3):716-21.
Minzonil MA. Uma conceituação de enfermagem psiquiátrica. Estudo das
funções da enfermeira com pacientes internados. Bol Of Sanit Panam. 1979;
:50-9.
Ribeiro LM. Saúde mental e enfermagem na estratégia saúde da família:
como estão atuando os enfermeiros? Rev Esc Enferm USP. 2010; 44:376-82.
Pereira MER, Bueno SMV. Lazer, um caminho para aliviar as tensões no
ambiente de trabalho em UTI: uma concepção da equipe de enfermagem.
Rev Latinoam Enferm. 1997; 5:75-83.
Lacaz FAC. Qualidade de vida no trabalho e saúde/doença. Ciênc Saúde
Coletiva. 2000; 5:151-61.
Lunardi Filho WD. Prazer e sofrimento no trabalho: contribuições á
organização do processo de trabalho da enfermagem [monografia]. Belo
Horizonte: Faculdade de Ciências Econômicas; 1995. 287f.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.