Quantificação dos ruídos sonoros em uma unidade de terapia intensiva neonatal
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v19i2.50109Palavras-chave:
Recém-Nascido, Ruído, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Saúde Materno-Infantil, Controle de RuídosResumo
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente cercado de pessoas e equipamentos com alarmes acústicos, sendo necessária a verificação do nível de ruídos e que os profissionais envolvidos tenham consciência dos efeitos nocivos que estes possam trazer para a equipe e os recém-nascidos. O objetivo deste estudo foi quantificar os ruídos sonoros existentes em uma UTIN. Trata-se de estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Para a coleta de dados foi aferido o nível de pressão sonora no ambiente por meio de um sonômetro. Observou-se que o valor médio dos decibéis encontrados foram Lmin = 48.5 dBA e Lmax = 90.9 dBA. Esses valores foram superiores ao recomendado pela ABNT e pela OMS, demonstrando necessidade de medidas urgentes e sistemáticas para o controle e redução do nível de pressão sonora na UTIN. O desenvolvimento de programas educativos de sensibilização, novas estratégias de capacitação da equipe multiprofissional e adoção de equipamentos que produzam menos ruídos são algumas medidas que possibilitarão a diminuição do nível de pressão sonora dentro dessa unidade.Referências
Nogueira MFH, Di Piero KC, Ramos EG, Souza MN, Dutra MVP. Mensuração
de ruído sonoro em unidades neonatais e incubadoras com recém-nascidos:
revisão sistemática de literatura. Rev Latino-Am Enferm. 2011; 19(1):212-21.
Sampaio Neto RA, Mesquita FOS, Paiva Junior MDS, Ramos FF, Andrade FMD,
Correia Junior MAV. Ruídos na unidade de terapia intensiva: quantificação e
percepção dos profissionais de saúde. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 22(4):369-74.
Moreira MEL, Rodrigues MA, Braga NA, Morsch DS. Conhecendo uma UTI
neonatal. In: Moreira MEL, Braga NA, Morsch DS, organizadores. Quando a
vida começa diferente: o bebê e sua família na UTI Neonatal. Rio de Janeiro:
Fiocruz; 2006. p. 29-42.
Ichisato SMT, Scochi CGS. Ruídos na unidade de cuidado intensivo neonatal
durante as passagens de plantão (enfermagem e/ou médica) e visita médica.
Ciênc Cuid Saúde. 2006; 5(Supl.):127-33.
Carvalho WB, Pedreira MLG, Aguiar MAL. Nível de ruídos em uma unidade
de cuidados intensivos pediátricos. J Pediatr. 2005; 81(6):495-8.
Pinheiro EM, Guinsburg R, Nabuco MAA, Kakehashi TY. Ruído na Unidade
de Terapia Intensiva Neonatal e no interior da incubadora Rev Latino-Am
Enferm. 2011; 19(5):1214-21.
Zamberlan-Amorin NE. Impacto de um programa participativo de redução
do ruído em unidade neonatal Rev Latino-Am Enferm. 2012; 20(1):109-16.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10152 – Níveis de ruído para
o conforto acústico. Rio de Janeiro: ABNT; 1987.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10151 – Avaliação do ruído em
áreas habitadas, visando o conforto da comunidade. Rio de Janeiro: ABNT; 2000.
Cardoso MVLM, Chaves EMC, Bezerra MGA. Ruídos e barulhos na unidade
neonatal. Rev Bras Enferm. 2010; 63(4):561-6.
Pereira RP, Toledo RN, Amaral JLG, Guilherme A. Qualificação e quantificação
da exposição sonora ambiental em uma unidade de terapia intensiva geral.
Rev Bras Otorrinolaringol. 2003; 69(6):766-71.
Christensen M. Noise levels in a general intensive care unit: a descriptive
study. Nurs Crit Care. 2007; 12(4):188-9.
Elliott RM, McKinley SM, Eager D. A pilot study of sound levels in an
Australian adult general intensive care unit. Noise Health. 2010; 12(46):26-36.
Morata TC, Santos UDP. Efeitos do ruído na audição. In: Santos UDP. Ruído:
riscos e prevenção. São Paulo: Hucitec; 1996. p.43-54.
Ramos G. Perda auditiva induzida por ruído. 2001. Disponível em:
www.fonoaudiologia.com/trabalhos/estudantes/estudante-004/estudante004-perda.htm>. Acesso em: 21 set. 2011.
Almeida EF. Ruído e a criança. In: SIH T, Ramos BD, Sakano E, Endo LH.
Otorrinolaringologia pediátrica. São Paulo: Revinter; 1998. p. 34-6.
Tamez RN, Silva MJ P. Impacto do ambiente da UTI neonatal no
desenvolvimento neuromotor. In: Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao
recém nascido de alto risco. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara; 2002. p.157-63.
World Health Organization. Guidelines for community noise. Guidelines
values. Geneva: WHO; 1999.
Duarte ED, De Sena RR, Xavier CC. La vivencia de padres y profesionales en la
unidad de terapia intensiva neonatal. Cienc Enferm. 2011; 17(2):77-86.
Daniele D, Pinheiro EM, Kakehashi TY, Balieiro MMFG. Conocimiento y
percepción de los profesionales respecto del ruido em la unidad neonatal.
Rev Esc Enferm USP. 2012; 46(5):1041-8.
Consentino A, Malerba MC. Intervenciones reguladas em el cuidado del
recién nacido premature extreme: protocolo de intervención minima. Temas
de Enfermeria Actualizadas. 1996; 4(18):22-5.
Tsunemi MH, Kakehashi TY, Pinheiro EM. O ruído da Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal após a implementação de programa educativo. Texto
Contexto Enferm. 2012; 21(4):775-82.
Evans JB, Philbin MK. Facility and operations planning for quiet hospital
nurseries. J Perinatol. 2000; 20 (8 parte 2):S105- S112.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Reme: Revista Mineira de Enfermagem

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.