Vivência dos familiares de prematuros internados em unidade de terapia intensiva neonatal
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v21i1.49880Palavras-chave:
Família, Prematuro, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Enfermagem Neonatal, Cuidado da CriançaResumo
O estudo teve como objetivo descrever a vivência dos familiares em relação ao internamento do prematuro em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, realizada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital de ensino do estado do Paraná, de abril a junho de 2016, com 16 familiares de prematuros internados. Destes, 14 eram mães e dois eram pais. Foi realizada análise temática e utilizou-se o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires® para auxiliar na organização dos dados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná sob o Parecer Consubstanciado 1.170.956, CAEE 47561215.8.0000.0102, e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição coparticipante, Parecer 1.359.92 e CAEE 47561215.8.3001.0096. O estudo procurou atender aos passos recomendados pelos Critérios Consolidados para Relatar uma Pesquisa Qualitativa. Os dados expressaram que a família vivencia de forma velada o risco iminente da morte sem necessariamente poder expressar esse medo. Buscam forças em situações piores que a de seu filho, na dimensão espiritual ou mesmo em recursos que não sabem explicar a origem, sendo que essa vivência extrapola o cotidiano e a dimensão biológica do cuidado. Concluiu-se que é necessário mudar a filosofia dos profissionais e das instituições, na perspectiva do cuidado à família, para que este possa ultrapassar a dimensão biológica, com espaços de diálogo, e para que essa família deixe de ser apenas expectadora e faça parte do cuidado.
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