Aspectos sociodemográficos e clínicos de estomizados intestinais provisórios
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v21i1.49860Palavras-chave:
Estomia, Estomas Cirúrgicos, Cuidados de Enfermagem, Perfil de SaúdeResumo
O estudo objetivou caracterizar aspectos sociodemográficos e clínicos das pessoas com estomia intestinal provisória atendidas por um serviço de atenção ao estomizado. Trata-se de estudo transversal, de natureza quantitativa, com 117 pessoas com estomia intestinal provisória. A coleta de dados ocorreu por meio de revisão de prontuário e entrevista estruturada. Houve prevalência do sexo masculino (54,7%), idade média de 62,9 anos, 59,8% casados, 74,4% católicos, 70,9% com até oito anos de estudo, 52,9% exerciam atividade laboral remunerada; destes, 51,3% interromperam suas atividades laborais e 44,4% não retornaram, com afastamento pela previdência. Dos 57 (48,7%) que não interromperam as atividades laborais 33,3% eram aposentados, 13,6% exerciam atividade não remunerada e 1,7% era autônomo sem direito a afastamento. A maioria possuía renda familiar até dois salários mínimos (67,5%). A neoplasia predominou como causa de confecção da estomia (47,9%), seguida pelo abdome agudo (31,6%). As colostomias foram mais frequentes (75,2%); a permanência da estomia foi, em média, de 5,3 anos (tempo mínimo de seis meses e máximo 25 anos). Concluiu-se que o conhecimento das características da população atendida contribui para o planejamento da assistência conforme as reais necessidades da mesma, possibilitando mais efetividade do serviço e, consequentemente, melhora na satisfação do usuário.
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