Doar ou não doar: a visão de familiares frente à doação de órgãos
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v21i1.49827Palavras-chave:
Obtenção de Tecidos e Órgãos, Morte Encefálica, Família, EnfermagemResumo
O presente estudo objetiva compreender as motivações que influenciam as famílias na decisão para a doação ou não de órgãos de um familiar adulto. Trata-se de estudo qualitativo, descritivo-exploratório, na modalidade estudo de caso, realizado com três famílias de pacientes diagnosticados com morte encefálica (ME) internados em um hospital público do interior do RS. A produção de dados se deu por meio de entrevista semiestruturada, de setembro a dezembro de 2013, os quais foram submetidos à análise de conteúdo. Pode-se evidenciar que famílias têm motivos para aceitar ou negar a doação de órgãos. O principal motivo para a não doação se deve ao respeito à vontade do potencial doador ou ao desconhecimento sobre o que o potencial doador gostaria que fosse feito nessa situação. Os motivos para aceitar a doação estão relacionados à intenção de ajudar pessoas que precisam e fazer o que o familiar havia lhes pedido. Destaca-se a necessidade de mais estudos relacionados ao processo vivenciado pelas famílias, em torno da morte encefálica e do processo de decisão, para que seja possível compreender com mais profundidade as situações vividas por seus membros durante esse processo.
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