Estudo populacional com regentes brasileiros sobre sua ocupação e a relação com aspectos de saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2020.19593

Palavras-chave:

Regência (Música), Saúde ocupacional, Doenças profissionais, Fatores de risco

Resumo

Este texto apresenta resultados de um estudo seccional com regentes brasileiros em atividade. Foi realizada uma coleta de dados on-line através de um questionário e instrumentos de avaliação autoaplicáveis com o intuito de investigar aspectos da formação, trabalho e impacto na saúde da atividade de regência dos participantes. Os resultados indicam problemas na formação quanto a aspectos de saúde e a maioria percebe que os locais de atividades que utilizam não são satisfatórios. Os regentes percebem que seu trabalho tem impacto negativo respectivamente sob o aspecto psicológico, físico, vocal e auditivo.  A percepção de dor associada à regência teve prevalência significante na região dos ombros, pescoço e região dorsal e lombar. Foi detectada associação entre as queixas e prevalência de dor com características específicas do trabalho, o tipo de conjunto em que os regentes atuam e a utilização de pódio e piano. Como conclusão o estudo aponta a necessidade de uma avaliação do currículo nos cursos de regência quanto à existência de conteúdo sobre saúde e a necessidade de oferecer aos regentes soluções para os problemas inerentes ao trabalho.

Biografia do Autor

  • Jorge Augusto Mendes Geraldo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

    Graduado em Música-Regência pela Universidade Estadual de Campinas (2012), mestre (2013) e doutor (2019) em Música pela Universidade Estadual de Campinas. É professor do curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na qual atua como coordenador e regente da Banda Sinfônica da UFMS. Atuou como regente principal na Banda Sinfônica União dos Artistas Ferroviários de Rio Claro, e como convidado na Banda Henrique Marques de Limeira, Orquestra Sinfônica da Unicamp, Banda Municipal de Batatais, Banda de Música da ALA 5 e Banda da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul. É criador e da série de eventos “Fórum de Regentes de Bandas de Mato Grosso do Sul” e desenvolve pesquisas sobre técnica e saúde do regente.

  • Carlos Fernando Fiorini, Universidade Estadual de Campinas

    Graduação em Música pela Universidade Estadual de Campinas (1994), Mestrado em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e Doutorado em Música pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Desde 1998, é docente da área de Regência do Departamento de Música da Unicamp, responsável pelas áreas de Regência Coral, Regência Orquestral, Coral e Madrigal. Tem se apresentado regularmente como regente convidado de orquestras do Brasil e do exterior. Trabalhou como regente assistente das Orquestras Sinfônicas da Universidade Estadual de Londrina, de Sorocaba e de Bragança Paulista. Em 2000 e 2001, atuou como regente e diretor musical do Festival “Aldo Baldin”, de Florianópolis, e de montagens de óperas pela Cia. Ópera São Paulo. De 2005 a 2008, foi regente assistente e titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Criou, em 1996, a Camerata Anima Antiqua, grupo dedicado à música renascentista, do qual é seu diretor artístico.

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Publicado

2021-06-14

Edição

Seção

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Como Citar

“Estudo Populacional Com Regentes Brasileiros Sobre Sua ocupação E a relação Com Aspectos De Saúde”. 2021. Per Musi, nº 40 (junho): 1-19. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2020.19593.

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