Notificação de morte encefálica em doação de órgãos

Autores

  • Alessandra Rodrigues das Neves SantosSão Paulo, Universidade Católica de Santos, Curso de Enfermagem
  • Eliane Duarte SantosSão Paulo, Universidade Católica de Santos, Curso de Enfermagem
  • Ana Lúcia De Mattia SantosSão Paulo, Universidade Católica de Santos, Curso de Graduação em Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v12i2.50624

Palavras-chave:

Notificação, Morte Encefálica, Transplante de Órgão, Seleção de Doador, Unidades de Terapia Intensiva, Enfermagem, Pesquisa em Enfermagem

Resumo

Neste estudo analisa-se o conhecimento dos profissionais enfermeiros das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) a respeito do processo de doação de órgãos diante de um caso de morte encefálica (ME), bem como a participação efetiva dos enfermeiros na notificação de morte encefálica e outros procedimentos relacionados à manutenção de potencial doador em transplante de órgãos. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva, comparativa, com delineamento não experimental e análise de freqüência relativa e absoluta dos dados. A coleta de dados foi realizada em duas instituições hospitalares da cidade de Santos, sendo uma da rede filantrópica e outra da rede privada. A amostra foi constituída por 31 enfermeiros que trabalham nas UTIs das instituições em estudo, sendo 19 enfermeiros da rede filantrópica e 12 enfermeiros da rede privada. A maioria desses profissionais (78%) era do sexo feminino, com idade entre 23 e 33 anos (61%); (50%) com curso de especialização na instituição filantrópica; (100%) com curso de especialização ou em fase de conclusão na instituição privada, sendo a metade em sua área de atuação (UTI); (52,6%) dos enfermeiros com seis a nove anos de trabalho na instituição filantrópica, enquanto na instituição privada possuíam menos de um ano de trabalho. No que se refere à ME, os enfermeiros, na sua maioria, admitiram conhecer o critério e raramente fazem notificação de ME. Negaram, ainda, conhecer a legislação sobre o assunto, raramente notificam um potencial doador ao Sistema Nacional de Transplantes e nem mesmo souberam relatar como proceder. Também não conseguiram descrever o teor do protocolo sobre doação de órgãos na instituição em que trabalham. Concluiu-se que existe um despreparo do profissional enfermeiro nas UTIs estudadas no que se refere à manutenção do potencial doador e outros procedimentos adiante da morte encefálica. Destaca-se a importância de investimentos na qualificação dos profissionais de saúde para os procedimentos adequados na captação de órgãos adiante da morte encefálica de potenciais doadores.

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Publicado

01-06-2008

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Notificação de morte encefálica em doação de órgãos. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de junho de 2008 [citado 7º de outubro de 2025];12(2). Disponível em: https://periodicos-des.cecom.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50624

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