A experiência da educação permanente como estratégia de gestão com os auxiliares de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v18i1.50173Palavras-chave:
Educação, Enfermagem, Educação em Enfermagem, Aprendizagem Baseada em ProblemasResumo
Este trabalho relata a experiência da educação permanente (EP) realizada com os auxiliares de enfermagem no Hospital Materno-Infantil no período de junho a outubro do ano de 2012. Trata-se de estudo de natureza qualitativa e optou-se em realizar a coleta de dados a partir da observação participante, que foi toda registrada em diário de campo com roteiro específico, com foco na frequência dos participantes, condução do grupo com enfoque na realização da ação-reflexão-ação e nos momentos de avaliação. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa envolvendo seres humanos da Faculdade de Medicina de Marília, protocolo número 638/12. Os dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática. Utilizou-se Paulo Freire (1987) para iluminar a discussão dos resultados. Após a análise dos dados por meio das unidades de significado e processo de categorização emergiram duas temáticas essenciais, sendo elas: vivenciando o processo de ação-reflexão-ação nos encontros de educação permanente e fragilidades encontradas no processo de educação permanente. Experiências como esta demonstram que a educação permanente nos serviços de saúde é uma estratégia potente para a promoção de mudanças nos processos de trabalho, no sentido de que o trabalhador que tem a oportunidade de estar num grupo de EP se enxerga e se posiciona de modo mais ativo e participativo, proporcionando gestão mais compartilhada e poder mais horizontalizado nas instituições.Referências
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