Depressão em idosos na estratégia saúde da família: uma contribuição para a atenção primária
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v20i1.50022Palavras-chave:
Idoso, Depressão, Atenção Primária à Saúde.Resumo
Objetivo: estimar a prevalência de depressão em idosos em uma Unidade Básica de Saúde, identificar os quadros de depressão na população de idosos que realiza acompanhamento nesta UBS e o uso de medicação para tratamento dos transtornos. Metodologia: pesquisa exploratória e descritiva com abordagem quantitativa, realizada com 241 idosos cadastrados na ESF do município de Teresina - PI. Os dados da pesquisa foram coletados com base na Escala de Depressão Geriátrica e analisados no software SPSS (versão 11.0). A pesquisa foi aprovada pelo CEP do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Resultados: encontrou-se alta percentagem de casos de depressão nos idosos. Houve mais prevalência no sexo feminino, faixa etária maior de 70 anos, viúvos, aposentados e sem escolaridade. Em relação ao quadro de gravidade, 26,6% foram caracterizados como tendo indícios de depressão leve e 2,5% como provável depressão grave. Quanto ao uso de medicação, a maioria dos idosos com depressão grave não faz uso de antidepressivos e 10,9% dos casos de indícios de quadro depressivo leve fazem apenas uso de ansiolíticos. O estudo comprova significativo índice de depressão entre os idosos. As variáveis analisadas demonstram a relevância de uma investigação mais acurada na consulta do idoso, para detectar prováveis fatores de risco para a depressão. Conclusão: o reconhecimento da depressão no idoso parece ser mais difícil do que em idades anteriores, uma vez que os profissionais de saúde atribuem o aparecimento de sinais e sintomas ao envelhecimento.
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