Autocuidado de pessoas com estomias intestinais

Implicações para o cuidado de Enfermagem

Autores

  • Isabelle Pereira da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9865-2618
  • Julliana Fernandes de Sena Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8968-1521
  • Silvia Kalyma Paiva Lucena Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1191-927X
  • Suênia Silva de Mesquita Xavier Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8780-2393
  • Simone Karine da Costa Mesquita Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4537-2014
  • Valéria Gomes Fernandes da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1381-8664
  • Isabelle Katherinne Fernandes Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Departamento de Enfermagem. Natal, RN – Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1476-8702

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v26i.38661

Palavras-chave:

Autocuidado, Estomia, Cuidado de Enfermagem, Educação em Saúde, Estomaterapia

Resumo

Objetivo: compreender as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com estomias intestinais a partir das vivências de autocuidado. Método: trata-se de estudo descritivo, qualitativo, realizado com 30 pessoas com estomias intestinais, em um Centro Especializado em Reabilitação no Rio Grande do Norte, de abril a junho de 2017. A entrevista semiestruturada foi gravada, transcrita e os dados coletados foram analisados seguindo os pressupostos da análise de conteúdo de Bardin. Resultados: a partir das vivências de autocuidado mencionadas pelos participantes, emergiram as dificuldades agrupadas nas categorias: higiene e manuseio do equipamento coletor; necessidades de cuidado com a pele periestomal; equipamento coletor e os episódios de vazamento; convívio social após a estomia; dificuldades e potencialidades da assistência de Enfermagem. As pessoas com estomias apresentaram dificuldades relacionadas à limpeza do estoma, recorte do equipamento coletor, aparecimento de complicações periestomiais, vazamentos de efluentes, afastamento de atividades sociais e informações insuficientes sobre o autocuidado. Considerações Finais: diante das dificuldades encontradas, torna-se necessário refletir sobre as mudanças nas práticas assistenciais para desenvolver o autocuidado da população com estomias, as quais podem se beneficiar do uso de tecnologias educativas instituídas desde o período pré-operatório. Este estudo contribui para a compreensão das experiências de autocuidado vivenciadas por essa população a serem abordadas pela enfermagem na promoção da educação em saúde. Além disso, espera-se que o estudo subsidie pesquisas com novas estratégias para fortalecer a assistência a esse público e o avanço da ciência de Enfermagem.

Referências

United Ostomy Associations of America. New Ostomy Patient Guide [Internet]. United States of America: The Phoenix; 2020[citado em 2020 nov. 20]. Disponível em: https://www.ostomy.org/new-ostomy-patient-guide/

Intenational Ostomy Association. Charter of ostomates rights. Ottawa: IOA Coordination Committee; 2007[citado em 2020 out. 15]. Disponível em: http://www.ostomyinternational.org/

Ministério da Saúde. Guia de atenção à saúde da pessoa com estomia. Brasília: Ministério da Saúde; 2019[citado em 2020 out. 22]. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/26/GUIA-ESTOMIA-Consulta-Publiaca-05-06-2019.pdf

Salomé GM, Lima JA, Muniz KC, Faria EC, Ferreira LM. Health locus of control, body image and self-esteem in individuals with intestinal stoma. J Coloproctol (Rio J). 2017[citado em 2020 out. 28];37(3):216-24. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jcol.2017.04.003

Figueiredo PA, Alvim NAT. Diretrizes para um programa de atenção integral ao estomizado e família: uma proposta de Enfermagem. Rev Latinoam Enferm. 2016[citado em 2020 out. 20];24: e2694. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1518-8345.0507.2694

Denyes MJ, Orem DE, Bekel G. Self-Care: A Foundational Science. Nurs Sci Q. 2001[citado em 2020 out. 21];14(1):49-54. Disponível em: https://doi.org/10.1177/089431840101400113

Farias DLS, Nery RNB, Santana ME. O enfermeiro como educador em saúde da pessoa estomizada com câncer colorretal. Enferm Foco (Brasília). 2018[citado em 2020 nov. 02];10(1):35-9. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1028051

Mota MS, Gomes GC, Petuco VM. Repercussões no processo de vida de pessoas com estomas. Texto & Contexto Enferm. 2016[citado em 2020 nov. 22];25(1):e1260014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720160001260014

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2016.

Tong A, Sainsbury P, Craig J. Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int J Health Care Qual Assur. 2007[citado em 2020 nov. 20];19(6):349-57. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1093/intqhc/mzm042

Minayo MCS. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: Consensos e controvérsias. Revista Pesquisa Qualitativa. 2017[citado em 2021 jul. 04]; 5(7):01-12 2017. Disponível em: https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/82

Freire DA, Angelim RCM, Souza NR, Brandão BMGM, Torres KMS, Serrano SQ. Autoimagem e autocuidado na vivência de pacientes estomizados: o olhar da Enfermagem. REME Rev Min Enferm. 2017[citado em 2020 nov. 21];21:e1019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20170029

Braga CG, Silva JV. Teorias de Enfermagem. São Paulo: editora Iátria; 2011.

Bulkley JE, McMullen CK, Grant M, Wendel C, Hornbrook MC, Krouse RS. Ongoing ostomy self-care challenges of long-term rectal cancer survivors. Support Care Cancer. 2018[citado em 2020 nov. 21];26:3933–9. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00520-018-4268-0

Mota MS, Gomes GC, Silva CD, Gomes VLO, Pelzer MT, Barros EJL. Autocuidado: uma estratégia para a qualidade de vida da pessoa com estomia. Investig Enferm. 2016[citado em 2020 nov. 22];18(1):63-78. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=145243501005

Sun V, Bojorquez O, Grant M, Christopher S, Wendel CS, Weinstein R, et al. Cancer survivors’ challenges with ostomy appliances and self-management: a qualitative analysis. Support Care Cancer. 2020[citado em 2020 nov. 28];28:1551–4. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00520-019-05156-7

Marinho NA, Luniere JAS, Bahia JC, Paulino LF, Santos MO. Realidade vivenciada pelo paciente ostomizado no município de Goiânia–GO. Saúde Ciênc Ação. 2016[citado em 2020 nov. 28];2(1):132-42. Disponível em: http://revistas.unifan.edu.br/index.php/RevistaICS/article/view/195

Associação Brasileira de Normas Técnicas (BR). Norma Brasileira Regulamentadora 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT; 2015[citado em 2020 nov. 28]. Disponível em: http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/

Bonill-de-las-Nieves C, Celdrán-Mañas M, Hueso-Montoro C, Morales-Asencio JM, Rivas-Marín C, Fernández-Gallego MC. Living with digestive stomas: strategies to cope with the new bodily reality. Rev Latinoam Enferm. 2014[citado em 2020 nov. 30];22(3):394-400. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-1169.3208.2429

Maydick-Youngberg D. A descriptive study to explore the effect of peristomal skin complications on quality of life of adults with a permanent ostomy. Ostomy Wound Manage. 2017[citado em 2020 dez. 02];63(5):10-23. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28570245/

Miranda SM, Luz MHBA, Sonobe HM, Andrade EMLR, Moura ECC. Caracterização Sociodemográfica e Clínica de Pessoas com Estomia em Teresina. Estima. 2016[citado em 2020 dez. 02];14(1):29-35. Disponível em: https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/117

Carvalho DS, Silva AGI, Ferreira SRM, Braga LC. Construção de tecnologia educacional para estomizados: enfoque no cuidado da pele periestoma. Rev Bras Enferm. 2019[citado em 2020 dez. 05];72(2):447-54. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0024

Wound, Ostomy, and Continence Nurses Society. WOCN Society Clinical Guideline. Journal Of Wound, Ostomy & Continence Nursing. 2018[citado em 2021 jul. 05]; 45(1): 50-58. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1097/won.0000000000000396

Cengiz B, Bahar Z. Perceived Barriers and Home Care Needs When Adapting to a Fecal Ostomy: A Phenomenological Study. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2017[citado em 2020 dez. 06];44(1):63-8. Disponível em: https://doi.org/10.1097/WON.0000000000000271

Sousa ARA, Menezes LCG, Miranda SM, Cavalcante TB. Estratégias educativas para pessoas com estomia intestinal: revisão integrativa. Rev Enferm Atual In Derme. 2017[citado em 2020 dez. 05];81:81-8. Disponível em: https://revistaenfermagematual.com/index.php/revista/article/view/325/210

Arquivos adicionais

Publicado

08-04-2022

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Autocuidado de pessoas com estomias intestinais: Implicações para o cuidado de Enfermagem. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 8º de abril de 2022 [citado 25º de abril de 2025];26. Disponível em: https://periodicos-des.cecom.ufmg.br/index.php/reme/article/view/38661

Artigos Semelhantes

11-20 de 1597

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)